A atualização quanto a protocolos e tecnologias são fundamentais para manter o bom atendimento e a segurança de pacientes e familiares. Por isso, o Hospital Unimed Noroeste/RS proporciona momentos de formação aos profissionais das diferentes equipes assistenciais. Nesta quinta-feira, 28, foi realizado treinamento sobre dois temas: “Morte Encefálica – do diagnóstico à captação de órgãos” e “Vias alimentares alternativas”.
Morte Encefálica – Seguindo os protocolos e legislações federais sobre o tema, a médica cardiologista e intensivista Andriéli de Oliveira Buzzeto, coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), discorreu sobre os protocolos para o diagnóstico de morte encefálica e a importância destes para a captação de órgãos. Explica que o Brasil é um dos países mais rigorosos quanto a determinação de morte encefálica, diagnóstico que é realizado em etapas, compostas por testes clínicos e exames complementares.
Segundo Andriéli, a definição consiste em perda completa e irreversível das funções cerebrais e ocorre em pacientes internados em UTI, em ventilação mecânica, com diagnóstico de AVC hemorrágico ou isquêmico, traumatismo craniano ou outra condição de lesão cerebral irreversível. As equipes são obrigadas a realizar o diagnóstico e informar o quadro do paciente à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos, independente da possibilidade de doação ou não de órgãos e tecidos. “Portanto, observar criteriosamente os protocolos de diagnóstico de morte encefálica são muito importantes para termos certeza e passarmos informações seguras aos familiares, oferecer a opção da doação de órgãos, além otimizar a utilização de leitos em UTI”, avalia.
Uma das principais questões que envolvem a morte cerebral é justamente o tabu sobre a doação de órgãos. Desta forma, as equipes precisam estar preparadas para acolher os familiares, passar informações seguras e corretas, e oferecer a opção de doação de órgãos e tecidos, um gesto que pode salvar vidas. “Na abertura do protocolo, a família pode optar pelo acompanhamento da avaliação do quadro do paciente por um médico de confiança, independentemente da sua especialidade. Este é um fator que pode trazer mais segurança aos familiares quanto a doação de órgãos”, reforça.
Vias alimentares alternativas – No segundo momento de formação, os profissionais do Hospital Unimed receberam treinamento sobre “Cuidados com vias alimentares alternativas”, realizado pelo médico Matheus Koop, cirurgião do aparelho digestivo e integrante da Equipe Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN). O objetivo foi capacitar os enfermeiros para a uma assistência segura e resolutiva no atendimento aos pacientes que utilizam sondas nasoenterais, gastrostomias e jejunostomias, identificando as possíveis intercorrências e realizando as tratativas recomendadas.