Parte da família das cucurbitáceas, a mesma da melancia, do melão, do chuchu e do pepino, a abóbora é extremamente nutritiva, fácil de encontrar pelo Brasil e já faz parte do cardápio de muitas famílias. Mas você já conhece os diferentes tipos de abóbora e seus benefícios?
Os benefícios da abóbora
A fama de versátil da abóbora vem das suas muitas opções de consumo. Tudo se come: sementes, brotos, folhas, fruto verde ou maduro, com ou sem casca.
O fruto, que é rico em sais minerais, também tem vitaminas A e C, muitas fibras e tem fama de ser extremamente benéfico para a visão e para a pele. Isso porque um dos sais minerais presentes na abóbora é o betacaroteno, um composto que protege nossa visão da degeneração por idade.
Além disso, a presença do betacaroteno torna a abóbora uma grande aliada na prevenção ao câncer e no aumento da imunidade.
Outro sal mineral que a abóbora tem em grande quantidade é o potássio. Ele ajuda a combater o colesterol ruim (LDL), reduzir a pressão arterial e melhorar a saúde cardiovascular de modo geral.
E não é só na polpa da abóbora que podemos conseguir todos esses nutrientes. Alguns estudos citam que as sementes têm apresentado benefícios relacionados à prevenção de doenças crônicas, inclusive o câncer.
Principais tipos de abóbora
Existem mais de 20 espécies diferentes de abóbora que variam em cores, formas e texturas. Isso por causa da polinização cruzada, um fenômeno que ocorre quando o pólen de uma flor fecunda a flor de outra planta. O principal responsável por essa troca é o vento, mas a polinização cruzada pode ter influência de insetos ou de pássaros.
No Brasil, temos algumas espécies mais populares de abóboras , no entanto, muitas delas recebem nomes diferentes em cada região ou estado do Brasil. É preciso conhecer um pouco mais para não se confundir na hora do preparo ou da compra.
A abóbora cabotiá ou cabotian, por exemplo, também é conhecida como abóbora japonesa. Ela é mais arredondada, tem a casca verde escura e mais dura, e sua polpa é densa, macia e mais seca.
A abóbora moranga famosa pelo preparo do “camarão na moranga”, é conhecida no Nordeste do Brasil como jerimum. É achatada, redonda e tem os gomos bem salientes. Sua casca pode ser verde acinzentada ou alaranjada.
A abóbora paulista, em Goiás, é conhecida como abóbora goianinha. Com a polpa mais firme, ela pode ser encontrada em variados tamanhos e se diferencia pelo formato alongado e a parte inferior arredondada. Sua casca pode ser rajada de verde, mas quanto mais madura, mais sua coloração se torna amarelada.
A abóbora de pescoço tem esse nome pelo formato alongado, muitas vezes curvado, e seu tamanho, que pode passar de 80 cm. Ela também é conhecida como abóbora menina ou abóbora brasileira. Tem a casca mais fina, a polpa bem laranja e uma textura mais aguada.
Incluindo no cardápio
Da casca até a semente, é possível aproveitar todas as partes de diferentes espécies de abóbora em diferentes preparos. Sem contar que a abóbora é superversátil e vai bem em preparos doces e salgados.
Para um bom doce de abóbora, use a abóbora de pescoço. Ela é ideal, pois solta bastante líquido e desmancha durante o cozimento, atingindo um ponto mais pastoso.
Para o preparo de pratos salgados você pode variar: a abóbora paulista, por exemplo, é mais fácil de descascar, mas a abóbora moranga assada inteira é uma ótima pedida. A cabotiá tem a casca mais dura, mas comestível! E é uma ótima opção para sopas e caldos.
Assada, cozida, refogada… as variedades são muitas!
Outros preparos menos comuns também são possíveis com diferentes espécies de abóbora. Da abóbora moranga, por exemplo, se comem as folhas e as flores em saladas ou empanadas e fritas.
E atenção na hora de escolher: quanto maior a abóbora, menor é a chance de ela ser saborosa. Escolha sempre as sem manchas na casca ou machucados e, se optar por ela em pedaços ou partida, observe se não há manchas escuras na polpa que podem evoluir para mofos.
A abóbora inteira pode ficar até 15 dias na geladeira, mas, depois de cortada, deve ser armazenada e consumida em até uma semana.
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Fontes: Embrapa, Ceagesp – SP, Brasil Escola, Tabela Nutricional da USP