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Família autoriza doação de órgãos no Hospital Unimed: “a morte é a única coisa certa e a doação a forma de ajudar”

“Saber que uma pessoa vai ser salva, isso conforta a gente”. A frase resume o sentimento de uma família, que em meio a dor, soube ressignificar a perda na possibilidade de mudar o destino de alguém, para melhor, mesmo sem conhecer. São palavras expressas por quem autorizou a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul a realizar captação de órgãos e tecidos, de paciente do sexo feminino, de 67 anos, que estava internada no Hospital Unimed Noroeste/RS. O procedimento ocorreu nesta sexta-feira, 1º de dezembro.

A família comenta que a decisão se tornou mais fácil pelo diálogo e a manifestação em vida sobre o desejo de doar: “sempre conversamos sobre isso. A morte é a única coisa certa e a doação a forma de ajudar”. Mas os familiares reforçam que “é um misto de sentimentos, a dor da perda com o saber que vai ajudar para a sobrevida de alguém”. Eles ainda apontam o importante papel da equipe da instituição neste momento: “O Hospital Unimed foi ímpar, teve carinho, atenção, humanidade e os profissionais nos passavam tranquilidade e todas as informações”.

A Morte Encefálica foi diagnosticada e comprovada através da realização de testes clínicos e exames de imagem, iniciando-se desta forma o protocolo de doação, que na instituição é de responsabilidade da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (Cihdott). A doação resultou na captação de rins (órgãos) e córneas (tecido). “A sensibilização sobre a importância da doação de órgãos, esse gesto de altruísmo das famílias em momento tão difícil, ajuda muitas outras. Sabemos o quão delicada é a perda de um ente querido, mas, por outro lado, a gente consegue ver como as pessoas que precisam de órgãos ou tecidos se beneficiam”, observa o médico William Foerster Silvano, cirurgião do aparelho digestivo e de transplantes, integrante da equipe que veio de Porto Alegre para realizar o procedimento.

Esta é a terceira captação realizada no Hospital Unimed somente em 2023. Desde o credenciamento no Sistema Nacional de Transplantes para captação de órgãos e tecidos, em 2016, a instituição já soma cinco procedimentos realizados. A médica intensivista e cardiologista, Andriéli de Oliveira Buzzeto, coordenadora da Cihdott, acredita que este aumento se deve “à maior informação e ao conhecimento da população em relação a Morte Encefálica e a doação de órgãos, pelas campanhas e veiculação em meios de comunicação”. Complementa que “a manifestação em vida sobre o desejo de doar, facilita a decisão da família nesses casos”. Sobre o gesto, a médica manifesta seu reconhecimento, atestando que “mais uma família, em meio a dor, ressignifica a perda de seu familiar em forma de solidariedade e amor ao próximo”.

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