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Cinema, vida e morte: Hospital Unimed sensibiliza sobre a importância da doação de órgãos

Falar da morte é difícil, mas necessário, por mais dolorido e complicado que seja. Compreender o fim da jornada da vida é, talvez, um dos grandes “mistérios” da humanidade. Em um ambiente hospitalar é inevitável: a morte está presente e com ela também podem iniciar novas jornadas de esperança, através da doação de órgãos.

“Já imaginou sentar-se ao lado de uma pessoa, de um colega de trabalho, assistir a um filme e, após a exibição, conversar abertamente sobre a vida?” Essa é a proposta do “Cineclube da Morte”, movimento nacional ao qual o Hospital Unimed Noroeste/RS adere para discutir a importância da doação de órgãos. Nesta semana os colaboradores da instituição foram sensibilizados sobre o tema pelas lentes do cinema e do filme “Dois Corações”, em três sessões diferentes, duas na quarta-feira, 27, e uma na quinta-feira, 28, com direito a pipoca para acompanhar a reprodução audiovisual. A atividade foi organizada pela Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott).

O projeto deste Cineclube, criado por Tom Almeida e a médica Ana Claudia Quintana Arantes, busca reunir pessoas dispostas a saírem de sua zona de conforto e tocarem em assuntos delicados e, ao mesmo tempo, necessários. Está ligado a um projeto maior, intitulado “inFINITO e Além”, uma rede de pessoas dispostas a levar o conhecimento do “Movimento inFINITO”. Saiba mais: https://www.instagram.com/infinito.etc/.

“Dois Corações” é uma obra baseada em uma história real, surgida primeiramente em livro, intitulado “Todos os Meus amanhãs: uma história de tragédia, transplante e esperança”, publicado em 2017. Mostra trajetórias de vida paralelas que acabam se encontrando na morte, na doação de órgãos e em nova vida para aqueles que estavam na fila de transplante.  “Foi muito importante participar deste momento. Assim conseguimos disseminar essas informações e percepções, discutir com nossos familiares e amigos fora do nosso ambiente de trabalho”, observa a colaborada Schirlei Kristoschek, logo após a exibição, em momento de diálogo entre os participantes da atividade.

Doação no Brasil – Há dois tipos de doador: o primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só serão doadores com autorização judicial. O segundo tipo é o doador falecido: pacientes com diagnóstico de Morte Encefálica. Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado, e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes.

A captação de órgãos e tecidos após diagnóstico de Morte Encefálica é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina. Dois médicos diferentes examinam o paciente, sempre com a comprovação de um exame complementar, que é interpretado por um terceiro médico. Desta forma, para ser doador, basta conversar com a família sobre o desejo. Mesmo assim, no Brasil, a doação de órgãos só será feita após a autorização familiar.

O Hospital Unimed Noroeste/RS já realizou quatro captações de órgãos e tecidos, sendo que a Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (Cihdott) tem coordenação da médica intensivista e cardiologista Andriéli de Oliveira Buzzeto. Fazem parte ainda da equipe as enfermeiras Daiane Zambon Dockhorn, Karine Rocha, Patrícia Brandão e Taísa Lorenzoni Dalla Rosa, além da psicóloga Débora Andrade. Desta forma, as atividades de sensibilização foram programadas pensando justamente em marcar o Dia Nacional da Doação de Órgãos (27 de setembro). “Converse com sua família e exponha a sua vontade de ser doador, pois se algo lhe acontecer e tiver a possibilidade de doação, é sua família que vai decidir. Tendo falado sobre sua intenção, fica mais fácil para família fazer a sua vontade”, é a mensagem que a Comissão busca disseminar com as atividades desta semana.

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