A espera por um filho é sempre cercada de sonhos, planos e muita expectativa. São semanas de preparação e cuidado para a chegada de um novo membro da família. Assim também foi com o pequeno Mathias Gottens Weber. Mas, no caso dele, esta jornada foi ainda mais intensa e transformadora: foram 145 dias (20 semanas), totalizando exatos cinco meses de espera para, enfim, levá-lo para casa. Um tempo que não se mede apenas no calendário, mas em fé, força e resiliência. A tão sonhada alta da UTI Neonatal foi celebrada com emoção pelos pais, profissionais do Hospital Unimed Noroeste/RS e por todos que acompanharam essa batalha da vida.
A história de superação de Mathias começou no dia 28 de janeiro, quando sua mãe, Tatieli, precisou ser internada para observação. Poucos dias depois, em 2 de fevereiro, com apenas 27 semanas de gestação, ela passou por uma cesárea de emergência. O bebê nasceu pesando apenas 700 gramas. Pequeno no tamanho, mas imenso na força que demonstraria nos meses seguintes. “Depois de cinco meses, estamos levando nosso Mathias para casa. Ele é um lutador, um vencedor. É um momento único para nossa família”, compartilha emocionado o pai, Henrique Gottens. “Estamos indo para casa graças a Deus e ao trabalho incrível da equipe do Hospital Unimed Noroeste/RS. Sempre acreditamos que esse dia chegaria”, completa.
Durante toda a internação a família permaneceu próxima. Inclusive se mudando de Crissiumal para Ijuí, para estar ao lado de Mathias. A presença constante dos pais é essencial para o desenvolvimento dos bebês prematuros. “Quando precisei ser internada, parecia que os dias não passavam. Mas agora estamos indo para casa, depois de tantos dias, esse momento que sonhamos, chegou”, recorda Tatieli, emocionada.
A alta de um bebê prematuro da UTI Neonatal é um momento de grande emoção para a equipe multiprofissional, que acompanha de perto cada etapa dessa trajetória. “É impossível não se emocionar. Criamos vínculos com os bebês e com suas famílias. Cada alta é uma vitória compartilhada”, destaca o médico pediatra e intensivista, Maurício Bortolini. Além disso, as famílias saem preparadas para o novo desafio, com orientações médicas. “Cada bebê prematuro tem necessidades específicas. Alguns necessitam de reposição de vitaminas, outros de medicação complementar. Do mesmo modo, os pais já saem orientados sobre as vacinas necessárias e testes realizados”, explica o especialista.
Mathias agora segue sua história junto da irmã e dos pais, em Crissiumal, levando com ele o carinho de todos que fizeram parte dessa etapa. Uma história que nos lembra que a vida é feita de pequenos milagres e que a esperança, aliada ao cuidado, pode transformar o impossível em realidade.